
A sexta-feira (24) na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, foi um convite à troca de saberes e à celebração da diversidade científica. No Pavilhão da SNCT, a programação reuniu debates, oficinas, apresentações culturais e gravações de podcasts que mostraram como a ciência ganha força quando se faz em rede – entre escolas, clubes de ciências, universidades, instituições e pessoas de diferentes regiões do país.
No estande da Universidade Federal do Pará (UFPA), o público acompanhou gravações especiais do videocast ao vivo Podcast Ciência e vozes da Amazônia. Contamos com a participação da professora Jussara Moretto Martinelli Lemos (UFPA), em um bate-papo sobre a Comunicação da Ciência Oceânica e Amazônia. Também contamos com a participação de Cassiano D’Almeida (CNPq) para contar um pouco sobre os prêmios do CNPq, destacando a importância dessas iniciativas para incentivar a divulgação científica e valorizar o trabalho de jovens cientistas brasileiros.
Clube de ciências – Enquanto isso, o Encontro de Clubes de Ciências movimentou o Auditório Oceano com momentos de diálogo, inspiração e celebração. A abertura reuniu representantes de diversas instituições nacionais e de clubes de vários estados brasileiros para discutir o papel dessas iniciativas na formação de estudantes e na democratização do conhecimento científico.
Para Fernanda Marques (Fiocruz-Brasília), “pessoas conectam pessoas e histórias conectam pessoas”. Por isso, os clubes de ciências são movimentos importantes e que precisam ser incentivados, porque “mesmo que nem todos os estudantes se tornem cientistas, quem participa dos clubes leva a ciência para todo lugar”, afirmou, reforçando a potência transformadora desses espaços.
Os desafios também estiveram em pauta: a logística para acesso às universidades e o fomento contínuo aos clubes foram apontados como pontos críticos por educadores de diferentes estados. Apesar disso, o clima foi de entusiasmo e reconhecimento mútuo. “É importante mostrar o que a gente tem produzido e ver o que os outros estão fazendo”, comentou Telma Franco, professora do Centro de Ensino Médio Integrado de Taguatinga (CEMI) e coordenadora do grupo Pracatá, que apresentou uma performance musical com instrumentos feitos de materiais recicláveis.
Programação – A programação do Encontro seguiu ao longo do dia com oficinas e atividades práticas, como a oficina “Programação Criativa e Pensamento Computacional”, conduzida pelo projeto Meninas.comp, e a “Gincana Científica – Jornada X”, que uniu experimentação, trabalho em equipe e reflexões sobre o tema “Águas”, em sintonia com o eixo central da SNCT 2025.
Entre experimentos, teatro e conversas inspiradoras, a sexta-feira mostrou que a ciência brasileira pulsa forte, e que, quando compartilhada, ela se torna ainda mais potente.
A programação da SNCT 2025 seguirá com uma programação intensa até o próximo domingo (26/10), pautando o tema “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”.
