
A Universidade Federal do Pará (UFPA) tem apresentado discussões importantes para a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em Brasília (DF). No estande da instituição, o público acompanhou nesta quarta-feira (22), uma programação marcada por diálogos instigantes sobre os impactos das mudanças climáticas e as formas de comunicar a ciência em diferentes contextos.
Durante a manhã, a série de Podcasts “Ciência e Vozes da Amazônia” continuou ouvindo diversos convidados que atuam em diferentes áreas, como por exemplo a de Ciência na Escola, a de Comunicação Pública da Ciência e as Mudanças Climáticas. O bate-papo com Izabela Jatene (UFPA) e José Sobreiro Filho (UnB), foi sobre o tema “Das águas ao continente: como os efeitos das mudanças climáticas sobre os oceanos podem atingir a nossa vida?”. A conversa explorou a relação entre os fenômenos oceânicos e as transformações ambientais que afetam comunidades costeiras e continentais, ressaltando a importância da ciência na construção de estratégias de adaptação e mitigação.
Também tivemos uma conversa com Débora Sant’Ana. da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e articuladora do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Inovação (NAPI), do Programa Paraná Faz Ciência, e com Ana Noronha, diretora executiva do Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva, de Portugal. As pesquisadoras compartilharam experiências e desafios da divulgação científica no Brasil e na Europa, destacando a necessidade de fortalecer redes colaborativas e de garantir financiamento contínuo para ações de popularização da ciência.
Programação SNCT – A temática da comunicação científica também foi a tônica do Seminário Internacional de Popularização da Ciência, que reuniu representantes de diversos países em um segundo dia de debates, dessa vez, em uma roda de conversa voltada à construção de parcerias e à troca de experiências. Para Sant’Ana, fazer popularização da ciência tem um custo e, por isso, é importante falar de fomento dessas ações. E tudo isso é importante para a formação de recursos humanos, pois “se não formarmos as próximas gerações de cientistas, não veremos continuidade”, destaca.
Além das mesas e debates, a quarta-feira contou com uma programação intensa em todo o espaço do evento: apresentações teatrais do Coletivo Neperfekta e do Grupo de Teatro Científico da UEPG, exposições de trabalhos do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do DF, e a entrega das medalhas científicas nacionais a estudantes da educação básica participantes de olimpíadas e programas de astronomia e ciências. Os alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) também marcaram presença na mostra, reforçando o caráter inclusivo da SNCT.
A programação da SNCT 2025 seguirá com uma programação intensa até o próximo domingo (26/10), pautando o tema “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”.