
Temas estratégicos e institucionais relevantes para a comunidade acadêmica estão em pauta durante a 39ª Reunião do Fórum de Coordenadores dos Campi da UFPA, em Bragança, nordeste do estado. O evento, realizado entre os dias 2 e 6 de setembro de 2025, no campus da universidade na cidade bragantina, tem o propósito de discutir desafios e perspectivas da instituição em seus diferentes territórios de atuação, com a presença de gestores, docentes e pesquisadores.
No primeiro dia da programação, o encontro contou com a participação do movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30. O professor Leandro Juen, coordenador do Centro Integrado da Sociobiodiversidade Amazônica (CISAM) e do Instituto Nacional de Síntese da Biodiversidade Amazônica (INCT SinBiam), ressaltou a importância da atuação da UFPA e de suas redes de pesquisa, em preparação para a Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá em Belém, em novembro de 2025.
Segundo Juen, que integra a comissão executiva do Ciência e Vozes, as ações do movimento têm sido fundamentais para evidenciar a produção de conhecimento da universidade no cenário nacional e internacional, em conjunto com outras instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento. Ele destacou, dentre as iniciativas já capitaneadas, o Encontro da Comunidade Científica da Amazônia com a Presidência da COP 30, realizado em agosto, em Manaus. Segundo o docente, na oportunidade, foram discutidas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e as prioridades estratégicas para a Amazônia.

“Esse encontro marcou um momento decisivo de articulação entre universidades, institutos de pesquisa e sociedade civil, fortalecendo a construção coletiva de propostas que representem a diversidade de realidades amazônicas, e que resultaram em uma carta emblemática, entregue ao presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago”, reforça Juen.
O pesquisador destacou ainda outras ações do movimento, como o lançamento do 5º número da publicação multilíngue “Ciência e Vozes da Amazônia”, que abriu com a Carta de Porto Velho – documento em que os reitores da região Norte ressaltam os desafios e as necessidades de ampliação das atividades de ensino, pesquisa e extensão na Amazônia.
Juen enfatiza ainda que os próximos passos do movimento incluem a consolidação da participação da UFPA nas zonas Azul e Verde da COP30, e além disso, a realização de grandes eventos na universidade durante a Conferência. Isso, segundo o pesquisador, reafirma o compromisso da instituição em levar ciência, conhecimento e diálogo direto com a sociedade para um dos maiores encontros globais sobre mudanças climáticas. Ele também pontua que nada disso teria sido possível se todos os campi não estivessem integrados nessa causa. “A presença do movimento em todos os campi garante que os resultados científicos e as demandas locais estejam conectados às discussões globais sobre mudanças climáticas. É fundamental que a universidade atue de forma integrada e que cada campus seja uma voz ativa na construção de soluções para a Amazônia”, acentua.
Para Juen, o encontro em Bragança reforça ainda, a oportunidade de divulgar os avanços das pesquisas em andamento e fortalecer parcerias entre as diferentes unidades da UFPA. “O Fórum se consolida como espaço estratégico para que possamos alinhar iniciativas, compartilhar resultados e planejar ações conjuntas que ampliem a visibilidade da ciência amazônica”, concluiu.
Texto: Ana Teresa Brasil – Ascom Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP-30
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