
Pesquisadores e docentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e de outras instituições do Brasil e do exterior, além de estudantes da área, participam do septuagésimo Congresso Brasileiro de Genética (Genética 2025), que acontece em Belém entre os dias 13 e 16 de agosto, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Com o tema “Compreendendo a Biodiversidade Genética em um Ambiente em Mudança”, o evento propõe uma reflexão a respeito do papel do ser humano na construção do conhecimento, na manutenção da vida e da biodiversidade no planeta.

A programação, que na mesa de abertura teve a presença do reitor da UFPA Gilmar Pereira da Silva, celebra os 70 anos de história da Sociedade Brasileira de Genética (SBG), e conta com palestras, conferências, simpósios e minicursos interconectados com os desafios contemporâneos e os desafios do futuro. O objetivo, segundo a SBG, é proporcionar o fortalecimento de laços, compartilhamento de pesquisas e troca de experiências, em interação com pesquisadores renomados em genética.
As atividades foram iniciadas nesta nesta quarta-feira (13) com uma série de minicursos temáticos, ministrados por pesquisadores de diferentes instituições. Estiveram em evidência temáticas como genética forense em casos de tráfico de animais silvestres, ministrado por Andrea Rita Marrero (UFSC); estudos sobre arquitetura genômica com aplicações do método Hi‑C, por Amanda Vidal e Leandro Magalhães (ITV); além de abordagens sobre a genética mitocondrial humana, com Giovanna Chaves Cavalcante (UFPA/USP).
E ainda, os minicursos com foco em bioinformática e sequenciamento genético, com Juliana Morini Küpper Cardoso (UTFPR); e análise de variantes germinativas em genomas humanos, com Edenir Inêz Palmero (INCA). O ensino de genética também teve espaço com a palestra de Nathália Helena Azevedo (USP).
A cerimônia oficial de abertura teve a presença do reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, e de organizadores do evento, representantes institucionais e convidados internacionais. Os biólogos norte-americanos Douglas Soltis e Pamela Soltis, da Universidade da Flórida (EUA), realizaram a palestra magna. Com o tema “Construindo e usando a Árvore da Vida em Biologia Evolutiva, Agricultura e Medicina”, os pesquisadores fizeram uma abordagem conceitual sobre as relações evolutivas entre todas as formas de vida na terra.

Nesta quinta (14) ocorrem simpósios e fóruns, além de painéis sobre redes acadêmicas e a reorganização de subáreas da genética no CNPq, e outras sessões focadas em identificação de espécies e diversidade genética em insetos.
A programação do Genética 2025 segue até o próximo dia 16, envolvendo diversas temáticas que incluem ciência básica, tecnológica e aplicada, conferências internacionais, inovação em biologia sintética, genética de conservação, educação científica e engajamento público.
Um dos destaques do congresso são os prêmios orais, no qual trinta e cinco jovens pesquisadores de pós-graduação disputam em sete categorias e representam o que há de mais inovador na pesquisa nacional, com cada finalista dispondo de dez minutos para apresentar sua pesquisa perante a comissão julgadora especializada.
SBG – Fundada em 1955, a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) é a principal entidade de genética no Brasil, reunindo geneticistas e interessados na área, tendo como principal objetivo integrar profissionais especializados, indústria e sociedade em prol da genética brasileira.
Texto: Ana Teresa Brasil – Ascom Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30
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