
A Semana do Calouro da UFPA esse ano ganhou o tema “Ciência e Vozes da Amazônia”, em alusão ao movimento de mesmo nome, lançado em fevereiro de 2025 pela universidade. E já em sua abertura, nesta segunda-feira, 28 de abril, a recepção aos novos universitários trouxe elementos dessa proposta, que envolve programações durante todo o ano, quando Belém se prepara para a Conferência das Partes da ONU, a COP30. “Eu convido vocês a se engajarem com a gente neste que é um momento particularmente diferenciado, em que toda a nossa equipe acadêmica e científica está envolvida no processo desafiador que é o ano da Conferência Mundial do Clima. Estamos dialogando e entendendo que é uma responsabilidade muito grande, pois é impossível pensar o clima, o planeta e todas as suas questões sem a universidade pública”, mencionou logo no início do evento, o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva.
No auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, a plateia pôde conferir de perto o apreço da instituição por valores como: inclusão, respeito à diversidade e cidadania. Sob essa percepção foi realizada a aula sobre exclusão social, racismo e o corpo do diferente no ballet clássico, com o espetáculo teatral Nas Mãos do Santo Preto, desenvolvido pelos pesquisadores Carlos Dergan e Gabrielly Albuquerque. “Receber essa mensagem é fundamental pra quem está entrando hoje nesse mundo que é essa universidade. Isso comprova que a gente está num lugar que se preocupa com as pessoas, que estimula os jovens a pensarem em práticas não só culturais, o que é muito interessante, mas também que ensina a importância de temas como esse do combate ao racismo”, considerou a caloura de pedagogia, Vitória Rayol.
As boas-vindas aos calouros foram dadas pelo reitor da UFPA, acompanhado do representante do Diretório Central dos Estudantes (CDE/UFPA) Alcindo Gatto, que parabenizou os colegas recém-chegados “por serem merecedores de todas as lutas travadas e vitórias até aqui, um mérito dos alunos e familiares, mas também dessa universidade que tem o compromisso e sente o peso da responsabilidade de recepcionar e depois conduzir estudantes nas suas trajetórias”.
Já a pró-reitora de Ensino de Graduação (PROEG), Maria Lucilena Gonzaga, reforçou o trabalho conjunto de gestores e docentes da instituição para receber os calouros de 2025. “Organizamos a nossa casa, que será o lar de vocês pelo período da graduação, firmando o compromisso de recebê-los bem, com respeito, consciência, mas acima de tudo com afeto”, enfatizou ela.
“Aproveitem todas as oportunidades de ensino, pesquisa e extensão, além de arte e cultura, para que vocês possam se formar academicamente, cientificamente, intelectualmente, mas que também possam fortalecer laços de afeto e amizade dentro de um espaço tão diverso e rico como é a nossa universidade”, destacou a vice-reitora, Loiane Prado Verbicaro.
Após o espetáculo “Nas Mãos do Santo Preto”, que encantou a todos com o ritmo bragantino contagiante da festa da Marujada, a animação seguiu na área externa do centro de eventos, onde foi montado um palco para dar continuidade à programação cultural. Os novos alunos assistiram à apresentação do Auto do Círio e participaram do show do cantor Pinduca, que não deixou faltar a tradicional “Marcha do Vestibular” e outros sucessos. O encerramento foi marcado pela saída das Atléticas dos cursos para o Restaurante Universitário do campus básico.
Nesta terça-feira, a programação continua com as atividades organizadas pelos institutos e faculdades da UFPA. E no último dia de evento, quarta-feira, 30, os calouros terão a oportunidade de conhecer os espaços físicos da universidade, com uma caminhada guiada saindo às 8h30 do quarto portão.
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E saiba mais: UFPA prepara recepção para calouras(os) de 2025.
Texto: Ana Teresa Brasil, Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP30
Imagem: ASCOM/UFPA
Vídeo: Natália Almeida