Compromissos da UFPA com as questões socioambientais da Amazônia

Situado às margens do rio Guamá, na capital paraense, o maior campus da Universidade Federal do Pará simboliza uma de suas principais características. Estar abraçada por águas doces amazônicas a aproxima, e muito, de uma realidade peculiar, circundada por questões socioculturais e ambientais próprias de quem aqui habita. Sua comunidade universitária busca ser cada dia mais inclusiva, ampliando e consolidando debates que não podem estar dissociados dos problemas que envolvem as populações de seu entorno, como as ribeirinhas, indígenas e quilombolas. 

Hoje, com mais de seis décadas de história, a UFPA é reconhecida como um importante centro de educação e pesquisa, oferecendo em 2025, 157 cursos de graduação, abrangendo todas as grandes áreas de conhecimento. Ciente dessa relevância, a instituição possui uma atuação diferenciada, desenvolvendo projetos e parcerias nos níveis regional, nacional e internacional. 

Ao longo do tempo, essas proposições, que contam com envolvimento acadêmico amplo, têm se multiplicado. Entre os exemplos mais recentes está o acordo de cooperação internacional com o Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad) da França. O compromisso, firmado em dezembro de 2024, pretende realizar programas de colaboração mútua por um prazo de cinco anos, entre o INEAF (Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares) e o NAEA (Núcleo de Altos Estudos Amazônicos), duas unidades estratégicas com trajetórias voltadas às demandas da população da Amazônia.

Vale ressaltar que o Cirad investe em pesquisas que envolvem populações agrícolas de regiões tropicais, acompanhando esses agricultores, propondo soluções para desafios referentes à produção alimentar, preservação do meio ambiente e biodiversidade, frente à crise climática e ambiental. Emilie Coudel, que vem atuando em grupos de pesquisa na Amazônia brasileira desde 2011, afirmou durante a assinatura do acordo, que esta é uma parceria “que traz junto, os agricultores e os movimentos sociais. A Amazônia tem muito a ensinar para o mundo em termos de como se pensar esse desenvolvimento e achar outros caminhos”, pontuou.

Uma outra iniciativa que merece ser mencionada é a “Rede Pará de Estudos sobre Contas Regionais e Bioeconomia”, criada por meio de um Termo de Cooperação Técnica (TCT), em novembro do ano passado. Idealizada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), a rede tem a parceria da UFPA e também das Universidades Federais do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e do Oeste do Pará (Ufopa). A bioeconomia e o desenvolvimento socioeconômico, inclusivo e sustentável paraense, estão no centro da proposta, que pretende construir um arcabouço de informações para cooperação entre pesquisadoras/es de instituições, a fim de estimular tais atividades, utilizando metodologias consolidadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a partir do Cisam, o Centro Integrado de Sociobiodiversidade da Amazônia, a UFPA conta com a parceria de outras doze Universidades Federais amazônicas. Assim, foram criadas e fortalecidas redes de pesquisa e extensão para o trabalho interdisciplinar em oito áreas temáticas: Biodiversidade e Conservação; Monitoramento de Água, Floresta, Solo e Clima; Monitoramento do Oceano e da Foz do Amazonas; Contaminação Ambiental e Saúde do Amazônida; Povos e Populações da Amazônia; Cidades Vilas e Territórios Amazônicos; Dinâmicas Socioeconômicas Territoriais e Fundiárias na Amazônia; e Inovação, Sociobioeconomia e Desenvolvimento Sustentável.

Além disso, a UFPA figura como a principal instituição de pesquisa na produção de ciência sobre a Amazônia. Os dados são da Web of Science, referentes ao período entre 2019 e 2024, com um total de 3.196 artigos científicos publicados. Números grandiosos que não param por aí. Se considerarmos uma linha de continuidade nessas publicações, observamos que a Universidade Federal do Pará tem mantido notável constância entre as primeiras do país e do mundo, consolidando-se como a segunda maior instituição de pesquisa com estudos sobre a Amazônia, no intervalo entre 2012 e 2021, de acordo com informações da Elsevier, editora especializada em publicação de artigos científicos e análise de informações. Lembrando que a universidade fica entre as dez instituições no país com maior número de programas de pós-graduação, com um total de 154 cursos de mestrado e doutorado. 

Por tudo isso, podemos assegurar que esta é uma universidade com elevado senso de compromisso com as questões socioambientais que a cercam e, daqui por diante, ainda mais obstinada em traçar metas, construir pontes e orçar novos caminhos em direção a um futuro cada vez mais humano e diverso! 

Mais informações:  

Comunicação: 

Ana Teresa Brasil: Assessoria de Comunicação do Movimento “Ciência e Vozes da Amazônia na COP30”, em Belém, + 55 91 98202-3558 e anabrasil04@yahoo.com.br

Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Pará (ASCOM-UFPA), +55 91 98272-1100 e imprensa@ufpa.br

R.Gandour Estratégia e Comunicação (11) 98931-4067 (mensagem) e ricardo@rgandour.com.br

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